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terça-feira, abril 30, 2002

Socorro! Li agora no voxnews:

Os "Maridos Ideais" do sabão em pó Ariel estão de volta aos pontos de venda da região sudeste. Até o dia 30 de junho, rapazes vestidos como os "Maridos Ideais" criados pela F/Nazca para a campanha do Ariel abordarão o consumidor no momento da escolha do sabão em pó sempre que o encarte da loja tiver o produto em destaque ou com preço promocional.

O reforço à campanha acontece em 190 supermercados dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.


Eu fico com dó de ver gente honesta se submetendo a isso pra sobreviver, numa boa...


4:26 PM .
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quinta-feira, abril 25, 2002

Não sei se existe um estudo, ou pesquisa, ou qualquer coisa sobre isso, mas existe um tipo de anúncio que eu, particularmente, classifico como trash-propaganda! São aqueles filmes que são tão mal-feitos, mas tão mal-feitos, que geralmente caem na boca do povo e viram sucesso... Geralmente, são propagandas locais, de varejo. Alguns anunciantes nem possuem nem site na internet, o que dificulta um bocado a pesquisa. Então, este vai ser um post de memória, e sem links...

Casa do Rádio, o gigante dos preços baixos!
Talvez essa seja a mais clássica trash-propaganda de Belo Horizonte! Eu me lembro de dois filmes. No primeiro, uma vaca com asas, feita de espuma ou qualquer outro material vagabundo (sabe aqueles bonecos paraguaios do pokemon que vendem em camelô de rodoviária? Então, parecia aquilo...), voava (sim, as "asas" eram articuladas!) sobre Belo Horizonte. As pessoas olhavam para o alto e tentavam fazer caras de espanto, enquanto o locutor, em off, dizia: "É mais fácil vaca voar, do que alguém vender mais barato que o gigante!"

No outro filme, uma galinha horrorosa, enorme, e com o bico cheio de dentes! Agora não lembro se era a própria galinha que falava, ou se tinha alguém pra dizer a pérola: "É mais fácil galinha nascer dente (sic), do que alguém vender mais barato que o gigante!" Evidente que o assassinato da língua portuguesa também contribuiu para o sucesso do comercial...

Lojas Lua de Mel
Outro clássico! A mais antiga trash-propaganda que eu me lembro de ver na TV. Um casal de crianças dorme dentro de uma panela imensa, e à medida em que o jingle é cantado, elas acordam e começam a mexer nas panelas...

Acorda, Maria,
levanta, Manoel!
Vamos comprar
louças na Lua de Mel!
A loja Lua de Mel
é hoje uma tradição
vende peças e conserta
sua panela de pressão!


Minas Fogões
Esse é aquele tipo de filme que a gente tem certeza que foi todo feito pelo dono da loja! Uma tristeza... As cenas intercalavam um teatrinho do que o jingle dizia com cenas da fachada da loja (no centrão de BH, lugar horrível!).

A vida da dona de casa
é uma luta danada!
Quando estragar o fogão
ou a panela de pressão
não fique desesperada!
Existe uma loja
especial para a dona de casa:
Minas Fogões,
conserta e tem as peças que você precisa!


Nota: nesse jingle, todos os versos têm a última sílaba como tônica. Ou seja, o cara cantava "dona de ca-sá", "luta dana-dá", "desespera-dá"...

Bordados dadinha
Essa passa atualmente. Um locutor, em off, vai enumerando os produtos da loja enquanto uma criança dá o preço (5 reais!) e mostra a mão aberta (o número cinco) para a câmera. No fundo, um chroma-key tão bem-feito quanto meu primeiro vídeo no colégio mostra os produtos e a fachada da loja... O diálogo tenta ser meio cantado:

- jogo de banho!
- 5 reais!
- edredon de casal!
- 5 reais!
- capa de sofá!
- 5 reais!
- capa de sofá?
(o locutor duvida)
- 5 reais! (a criança confirma)
- capa de sofá??? (o locutor duvida mesmo)
- 5 reais!!! (a criança confirma, rindo com aquela cara de "ahá! agora eu te peguei! é cinco reais mesmo!")

**********************

Eu adoro colecionar esse tipo de propaganda. Se você conhece alguma, mesmo que seja só da sua cidade, manda pra mim que eu ponho aqui. À medida que eu for lembrando mais, ponho também.


6:57 PM .
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Lembra que eu falei aqui sobre a campanha do papel higiênico Personal? Pois bem: no próximo domingo, dia 28, estréia o novo filme da série!

"O filme mostra um casal de turistas desavisado que é deixado em uma praia de nudismo. Todos os banhistas, inclusive os personagens principais, exibem apenas tarjas pretas no corpo. O jingle de sucesso, criado para os primeiros filmes, repercute agora neste filme, em uma nova versão. O casal anda e canta pela praia, enquanto banhistas jogam vôlei, dançam e passeiam com naturalidade." (Advertica.com)

Pelo visto, o sucesso vai continuar! Afinal, a Talent pegou uma fórmula que já era bem-sucedida e encheu de gente sem roupa... :o) Mas podemos ficar tranqüilos! Pelo que a notícia sugere, nenhuma baixaria nos vai ser empurrada! Tomara!


2:55 PM .
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quarta-feira, abril 24, 2002

Apesar do nome, o "Prêmio Comercial do ano Multishow" premia, todos os meses o comercial escolhido pela audiência. Acho uma iniciativa interessante, principalmente porque o voto é espontâneo, você vota no comercial que você quiser, sem qualquer direcionamento.

Eu votei na propaganda da Oi, feita pela NBS (aquela que o povo vai se desfazendo de seus celulares velhos). Uma mulher esquece o celular no táxi, um rapaz faz embaixadinhas com o celular até que o chuta para longe, outro tentar derrubar seu aparelho da janela atirando bolinhas de papel... "Diga tchau para a telefonia celular que você conhece..." Puxa, depois de ver a felicidade das pessoas que se livraram dos seus telefones, eu não quero nem saber o que é GSM, mas eu quero um também... Além de passar muito bem a mensagem, a fotografia é linda! Na minha opinião, essa propaganda é fantástica, e merece o prêmio.

Mas eu fiquei decepcionada com o resultado parcial da votação! Em primeiro lugar, o comercial do Fiat Palio (série "Rever seus conceitos", da Leo Burnett) em que uma moça confunde o marido negro da amiga com o motorista. Eu até gosto da campanha, mas esse filme específico é péssimo! Quer posar de moderninho, mas só reforça o preconceito! Ora, quer dizer que hoje em dia você ainda precisa rever seu conceito pra aceitar que sua amiga pode ter um marido negro? Nota zero!

O segundo lugar é para um da Nike, em que atletas consagrados de todo o mundo participam de um treino secreto. Ainda não assisti, então não posso opinar, mas já ouvi falar que é realmente ótimo. Talvez o único que mereça estar na lista dos melhores. Esse filme foi produzido pela agência Wieden & Kennedy, agência mundial da marca. A agência Age, que atende a Nike no Brasil, participou das reuniões e ajudou a definir as estratégias locais de lançamento.

Em terceiro está aquele comercial da Kaiser (Bates Brasil) em que o Du Moscovis e o Fábio Assunção beijam o freezer achando que é uma mulher... Numa boa, esses comerciais de cerveja são engraçadinhos a primeira vez que a gente vê, mas já estão começando a cansar! Todos iguais, um festival de corpos sarados e efeitos especiais, e só! Desde as primeiras propagandas da Skol descendo "redondo" (F/Nazca) que não há nada de original no reino das loiras geladas... Além disso, esse já ganhou o prêmio de março.

Em quarto lugar, o filme da Brastemp sobre o Big Brother, criado pela Talent. Bom filme, mas já ganhou o prêmio de fevereiro e o mote, que era o Big Brother, já acabou faz tempo! Em quinto, Ariel e aquela baboseira dos maridos ideais! Me recuso a falar mal dessa propaganda de novo! Infelizmente parece que a minha opinião não é compartilhada pela maioria das pessoas, mas eu continuo achando que nessa a F/Nazca apelou...

Você pode votar no seu comercial favorito e conferir as parciais aqui.


3:36 PM .
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terça-feira, abril 23, 2002

Fazer propaganda de motel não é tarefa das mais fáceis. Tem que se estar atento para não cair no mau-gosto ou, o mais comum, na breguice. A agência Lápis Raro, de Belo Horizonte, conseguiu cumprir muito bem essa tarefa.

A primeira vez foi há alguns anos (não sei a data certa), com a campanha "Bichos", para o Motel Forest Hills. Out-doors simples, com um casal de animais e uma frase. O fundo era branco, e embaixo da logomarca, dois slogans se revezavam: "Siga o seu instinto" e "Para toda espécie de amor".



Repare que as frases são leves e bem-humoradas. Os bichinhos chamavam a atenção de crianças, mas nada no texto poderia deixar os pais em uma situação embaraçosa... Eu lembro que virou mania, em todo lugar as pessoas se perguntavam "ei, você já viu o novo casal do Forrest Hills?..." Além dos dois out-doors mostrados acima, ainda tinha o das girafas ("para quem adora beijinhos no pescoço"), o dos pingüins ("para quando pintar um clima") e o das tartarugas ("para aquele romance que anda meio devagar").

A mesma agência também acertou a mão nos out-doors para o Motel Green Park. A campanha "Amantes" não era tão singela e sutil quanto a dos bichinhos, mas também conseguia passar a mensagem sem apelação. Imagens inusitadas, porém sugestivas, compunham com as vantagens do lugar para cada perfil de cliente:



Além desses, um par de escovas de dentes ("Apaixonados, temos pernoite"), um relógio de bolso ("Apressadinhos, somos ágeis") e um antúrio vermelho ("Selvagens, temos 2.000m de área verde") completavam a série.

Algum tempo depois, o mesmo Motel Green Park fez uma reforma, e a Lápis Raro novamente foi responsável pelas propagandas. Dessa vez, os out-doors mostravam as etiquetas das chaves dos quartos, com dizeres que destacavam as novidades pós-reforma. A campanha "Reforma" chamou atenção por brincar com fatos que estavam na boca do povo na época:



Você pode ver esses e outros trabalhos da Lápis Raro clicando aqui.


5:22 PM .
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sábado, abril 20, 2002

Essa merece até que eu tire o casal unibanco do topo da página!

Acabo de receber a última edição do e-zine 700km e confesso que engasguei... Não esperava mesmo ver um editorial indicando este blog! Luis, obrigada! Mesmo! Só que agora eu tô me sentindo com uma baita responsabilidade... :)

Como chumbo (ou jabá) trocado não dói, não posso deixar de dizer que a honra é ainda maior por se tratar do meu e-zine predileto! Quem não conhece, é só clicar no link, conferir e assinar! Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta!

Não posso deixar de registrar também a dica do editor, que indica um site de jingles inesquecíveis. Ainda não pude ouvir por "impossibilidades técnicas", mas já deu pra ver que é um acervo de primeira! Confiram!


7:41 PM .
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Débora Bloch e Luiz Fernando Guimarães são os atuais garotos-propaganda do Unibanco. Os filmes aproveitam o ótimo humor da dupla para criar situações cotidianas e apresentar as vantagens do banco. A fórmula não é nova. Desde 1992, a W/Brasil (que tem a conta do banco desde 1988), cria situações com casais.

O primeiro casal unibanco foi formado pelos atores Felipe Pinheiro e Kátia Bronstein. Foi um imenso sucesso. Quando Felipe faleceu, a agência apostou na interatividade para formar o novo casal. Foram apresentadas opções ao público, que votou e elegeu como novo casal os atores Drica Moraes e João Camargo.

Essa foi uma fase excelente. A idéia do casal, que já era bem sucedida, amadureceu muito e ganhou ainda mais humor com as eventuais participações de um casal de cunhados. Outro recurso inovador foi que o casal tinha consciência de que era o casal unibanco, e, numa prévia dos então impensáveis realities shows, entravam em paranóia, querendo se disfarçar, fugir das câmeras, ir ao banco como pessoas normais... Hilário!

Na minha opinião, Drica e João participaram da melhor fase da campanha do Unibanco (que durou até 1998). A escolha de Débora e Luiz Fernando é uma tentativa de resgatar o mesmo sucesso, mas sem utilizar o mesmo formato. Eles não formam um casal "casado". Interpretam vários personagens, como pai e filha, mãe e filho, analista e paciente, cliente e gerente, e até eles mesmos. Os comerciais são sempre divertidos, e continuam apresentando muito bem as vantagens do banco. Só não dá pra saber, ainda, se vão conseguir a mesma empatia. Tomara que sim.

Você pode ver essa e outras campanhas da W/Brasil clicando aqui.


5:47 PM .
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Depois de ter escrito sobre os slogans curtos, folheio uma revista e vejo um anúncio da Riachuelo com a pérola:

Se o seu guarda-roupa fosse um baralho, a camisa branca seria o curinga.

Isso é o que eu chamo de jogar dinheiro fora...


5:24 PM .
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sexta-feira, abril 19, 2002

Eu não gosto de firulas. Acho que um slogan simples e direto tem muito mais valor que um muito elaborado. Muitas vezes, a melhor solução é aquela que está debaixo do nosso nariz, mas que descartamos por ser óbvia demais... É por isso que eu, ao contrário da Rosi, gosto sim do slogan do Honda Civic: "além de tudo, é lindo". Ora, se o cara *gasta* um slogan para dizer que, além de tudo, o carro é lindo, deve ser porque o resto deve ser mesmo indiscutivelmente bom!

Nem sempre o simples é fácil. Eu mesma sei que eu tenho a mania de escrever um, dois, três adjetivos para a mesma coisa, explicar a mesma coisa mais de uma vez para ficar bem claro, esses vícios... É um exercício ir eliminando o excesso de informações até se chegar a um slogan enxuto e eficaz. Talvez em um texto maior esse nem seja um pecado tão grande, mas o slogan tem que ser curto!

Eu resolvi escrever sobre isso ao me lembrar de um folheto que eu recebi no sinal. Até procurei pra ver se escaneava, mas acho que perdi... O folheto anuciava uma loja, tipo uma delicatessen, chamada Ingredients, e que tinha um slogan perfeito: Ingredients, a primeira palavra em qualquer receita. Precisa mais?


1:35 PM .
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terça-feira, abril 16, 2002



Essa e outras propagandas antigas de jornais podem ser vistas no almanaque, da folha on line.


2:02 PM .
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segunda-feira, abril 15, 2002

E a bola da vez das propagandas das Havaianas é o Marcelo Antony. Ele caminha pela praia quando um garotinho pede que ele lhe venda suas havaianas, alegando que a areia está muito quente. Antony diz que gostou do garoto e que vai dar as sandálias de presente. Aproveitando a deixa, o menino pede que ele as assine, e é atendido. No final do filme, o espertinho sai gritando pela praia: "Havaianas do Marcelo Antony! Baratinho, baratinho, mil reais..."

Desde 1994, quando a Almapp/Bbdo assumiu a conta das Havaianas e promoveu uma guinada no enfoque do produto (alguém se lembra do "não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras"?), diversas celebridades já desfilaram com seu modelito nos pés. Antes de Marcelo, a modelo Luize Altenhofen desconcertava o pobre vendedor ao perguntar qual havaianas combina melhor com seu top-less... Também já participaram da campanha, entre outros, Luciano Huck, Patrícia Pilar, Débora Secco, Reynaldo Gianecchini, Raí, Marcos Palmeira, Fernanda Lima e Fábio Assunção.

Com essa campanha, a Almapp/Bbdo conseguiu reposicionar as sandálias Havaianas no mercado. Antes, elas eram um produto para classe média/baixa, e tinham como atrativo apenas o preço. A revitalização das sandálias, com a criação dos modelos monocromáticos e estampados, junto com uma excelente estratégia de comunicação, transformou as Havaianas em um produto fashion. Não é raro vermos as famosas Patricinhas andando por aí de jeans e havaianas. E os comerciais estão na boca do povo. Pode reparar: é só aparecer um artista novo que logo, logo todos comentam: "e aí, cê viu o novo filme das Havaianas?"

Se você não viu, pode ver os filmes do Marcelo Antony e da Luize Altenhofen clicando nos nomes (em Windows Media Player).

PS: atendendo a pedidos, incluí uma fotinha da Luize também... :)



6:21 PM .
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Estão abertas, até o dia 27 de maio, as inscrições para o Anima Mundi Web 2002, concurso de animações para a internet. Qualquer pessoa pode também se inscrever para fazer parte do júri.

4:55 PM .
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Para divertir: o designer e blogueiro Tiago Teixeira criou o DePropaganda - terrorismo publicitário para o novo milênio! Ótimo, vale conferir!


4:39 PM .
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quinta-feira, abril 11, 2002

Você pode se considerar um felizardo se nunca ouviu aquela musiquinha da chevrolet:

quero você...
quero você...
quero você...
todinho pra mim!


Eu não sei o que é pior, se a *música* chatinha e grudenta, ou se o povo cantando e fazendo caras e bocas como se tivessem 7 anos de idade... Eu só entendi qual era a intenção do filme quando o locutor falou que "se você não vier logo, nossos vendedores vão continuar cantando..." Ah, sim, não é propaganda, é ameaça... :)


12:34 PM .
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quarta-feira, abril 10, 2002

Comercial de margarina é um troço sempre tão igual que já até virou sinônimo de família feliz! Quem nunca ouviu alguém dizer algo como "aquela família ali é uma graça, todos bonitos educados, amigos, bem comercial de margarina mesmo..."? Eu já ouvi, e muito!

A nova campanha da margarina Delícia que estreou nesse fim de semana não foge à regra... Quatro mulheres (mãe, filhas e neta) conversam durante um chá e demonstram ter opiniões bem distintas. No final, a conclusão óbvia é que pelo menos Delícia continua gostosa como sempre. A campanha é bem-humorada e cumpre a sua função, mas não oferece nada de novo...

Se nos comerciais televisivos a margarina Delícia preferiu não arriscar, na web ela arrasou! Ao contrário dos tradicionais sites de produtos, que trazem apenas informações básicas e uma ou outra curiosidade, o www.delicia.com.br inova ao oferecer uma verdadeira revista eletrônica, com conteúdo variado e design criativo. Além das informações sobre o produto e receitas, o site traz dicas culturais, matérias sobre comportamento, tecnologia e consumo, e até horóscopo! Palmas pela iniciativa!

Os filmes publicitários foram criados pela Talent. O site é desenvolvido pela Thunder House / Zentropy , em parceria com a Silika Comunicação Digital.


6:16 PM .
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segunda-feira, abril 08, 2002

Li no Advertica:

A DPZ iniciou no último final de semana a veiculação de novo filme para o banco Itaú. Intitulado "Diferente", o comercial mostra imagens de um garoto pulando numa cama elástica tendo como pano de fundo as cores do banco, azul e laranja.

Durante as cenas, uma locução enfatiza que "Ser como todo mundo é muito chato. É por isso que você deve seguir sempre a ponta do seu nariz e fazer o que realmente quer. Não que você tenha que ser diferente de todo mundo, você pode ser igual a você mesmo. E já que você não é igual a todo mundo, abra uma conta num banco que não é como todos os bancos. Seja cliente Itaú. É tudo mais simples, mais moderno, feito para você."
(grifo meu)

A campanha inclui vinhetas e anúncios, que transmitem valores como relacionamento, compromisso e proximidade, traduzindo a imagem singular do banco.

Eu vi na Veja um anúncio de duas páginas com duas criaças numa piscina de bolinhas, e achei lindo (mas eu acho lindo qualquer coisa com crianças...), mas nem percebi que era uma campanha nova...

O que eu acho triste é que o conceito não corresponde à realidade! "Tudo mais simples"??? "Mais moderno"??? "Feito pra mim"??? Alguém já tentou entrar num banco Itaú? A porta giratória deles é tão estúpida que eu já desisti até de pedir informações sobre abertura de conta! Primeiro que a porta dá direto na rua. Aí você tira as coisas de metal e põe num lugarzinho na própria porta. Se o vigia acredita que você tirou tudo da bolsa, ele destrava o detector de metais. Senão, você continua tentando ad infinitum enquanto uma fila de furiosos se forma atrás de você (na calçada) e lá dentro...

Será que uma boa agência de comunicação não deveria prestar atenção a esses detalhes? Afinal, a melhor propaganda é o bom atendimento...


5:54 PM .
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domingo, abril 07, 2002

A telemar lançou a campanha "barato mesmo é ligação local telemar", com dois filmes que combatem dois concorrentes indiretos: os celulares e as ligações interurbanas. No primeiro, Fernada Torres confessa que adora falar, mas não liga para celular porque é muito caro. No segundo, o hilário Pedro Cardoso reclama que não aguenta mais o bombardeio de propagandas mandando a gente ligar pro Japão... "Japão, ligue pro Japão, eu não conheço ninguém no Japão, cara! Vou ligar pra um japonês, sim mas é aqui pertinho... Vou ligar e pedir um sushi".

As propagandas até que são engraçadinhas, a gente lembra e comenta depois, mas eu tenho minhas dúvidas sobre a real necessidade de se contratar atores da globo para dar esse tipo de recado... Afinal, tem horas que a gente precisa mesmo ligar para celular ou para outras localidades.

Mas golpe de mestre foi o do restaurante japonês Yo! Sushi, que espalhou pela cidade out-doors dizendo "faça como o Pedro: ligue pro japonês e peça um sushi" :o)

(A conta da Telemar é da Propeg, mas não achei nenhuma referência a esse filme. Também não consegui descobrir quem criou o out-door do Yo!Sushi...)


5:59 PM .
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Seguindo a sugestão da Vanessa, fui visitar o site da Kolynos e ver a história do produto. Eu acho essa uma iniciativa muito interessante! Muitas vezes eu entro nos sites dos produtos procurando algo mais sobre a história, sobre as campanhas antigas e não encontro absolutamente nada! Pode parecer uma coisa inútil, mas um histórico da empresa disponível na internet, a meu ver, aproxima o produto de seu público, e passa uma sensação de transparência, confiabilidade e até cumplicidade. Como folheamos os álbuns de retratos dos nossos amigos e queremos saber sobre a infância deles, por quê não poder fazer isso também com os produtos que usamos diariamente?"

O creme dental Kolynos surgiu nos EUA em 1908 e chegou ao Brasil em 1917. Desde sempre, a tradicional embalagem verde e amarela está presente. O primeiro anúncio do Kolynos no Brasil apareceu na revista Selecta, no mesmo ano de 1917, e trazia o slogan "limpa os dentes e a escovinha também". Na virada dos anos 30, o creme dental já fazia tanto sucesso entre os brasileiros que passou a ser fabricado no país.

Em meados da década de 40, uma pesquisa de mercado confirmava a preferência dos brasileiros pela marca. Nesa época, a propaganda fazia referência às grandes produções hollywoodianas. Astros e estrelas norte-americanos testemunhavam a qualidade do produto nas páginas de revistas tradicionais como "O Cruzeiro", "Careta" e "Seleções do Reader's Digest":



Na época de ouro do rádio, a Kolynos soube explorar muito essa nova e poderosa mídia, patrocinando programas de grande audiência, como, por exemplo, o "Almanack Kolynos", transmitido pela rádio nacional. Além das propagandas em rádio e revistas, a Kolynos reforçou a sua liderança fazendo promoções nos pontos de venda e promovendo palestras nas escolas, onde eram exibidos documentários sobre higiene bucal e distribuídas miniaturas dos produtos para a criançada. Nas principais cidades do interior do país, carros de som percorriam as ruas e à noite reuniam a população nas praças públicas para a projeção de filmes.

No final dos anos 50, aparecia pela primeira vez a interjeição "Ah!", que se tornaria marca registrada do creme dental. Ela foi uma solução simples e eficaz que a McCann-Erickson criou diante da necessidade de se divulgar a nova fórmula de Kolynos, mais refrescante e moderna.

No início da década de 60, a televisão começava a ganhar cada vez mais espaço, e a Kolynos mais uma vez soube aproveitar a oportunidade, patrocinando a exibição de séries de sucesso e criando promoções relacionadas com elas. A história se repetiu quando as novelas começaram a se firmar como o produto televisivo de maior sucesso no país.

No final dos anos 70, com a sofisticação das tecnologias, o Kolynos lançou seu primeiro comercial colorido e marcou a década com a campanha "O gosto da vitória". A aprtir daí, foram criados novos nichos de mercado, e a concorrência mais pesada obrigou a Kolynos a diversificar a sua linha, lançando novos produtos, como, por exemplo, a linha infantil tandy.

Nos anos 90, a marca continua liderando o mercado, e se mantinha firme patrocinando grandes promoções, como, por exemplo, o "Caminhão do Faustão", e diversos eventos esportivos. No meio da década, a empresa começou a investir também no mercado de escovas dentais.

(Todas as informaçõesforam retiradas do site oficial da Kolynos do Brasil.)


4:33 PM .
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sexta-feira, abril 05, 2002

Há algum tempo atrás, o Fulano, um site de jogos e prêmios, propôs a seus internautas que inventassem o nome de um motel e seu respectivos slogans. As melhores sugestões ganhavam prêmios no site. O resultado foi tão engraçado que acabou virando mais um desses e-mails de forward... Hoje eu recebi de novo (gracias, amigo díptico), ri de novo e resolvi pôr aqui... Afinal, apesar de falsos, os slogans são ótimos! :o)

1. Motel Leilão. Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três.
2. Sinuca Motel. Aqui seu taco não escorrega, desliza.
3. Motel da Mamma. Porque não há nada melhor do que a comidinha caseira.
4. Motel Free. Aqui seu amor é uma questão de bom senso.
5. Motel Teletubbie! De novo! De novo! De novo!
6. Motel Omino. Entre e fique à vontade.
7. Motel Sociedade Anônima. Afinal, ninguém é de ninguém.
8. Motel Maria Antonieta. Aqui você também vai perder a cabeça.
9. Profundus Motel. Penetre neste mistério.
10. Motel Sushi. Onde o apressado come cru e gosta.


12:13 PM .
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Existem alguns produtos particularmente complicados de se anunciar sem cair no lugar comum. Papel higiênico é um deles, que ainda tem o gravante de correr o risco de cair no mau gosto. Para fugir desse risco, normalmente as campanhas apelam para o já batido mote da maciez, representada por uma pétala de rosa, ou por uma pele de criança.

A Talent conseguiu fugir desses clichês lançando uma campanha bem humorada, sem apelação e - mais importante - que se firma na mente do público, para o papel higiênico Personal. Com o mote "tudo na vida tem jeito, menos papel higiênico ruim", a agência inovou ao mostrar pessoas que suportam qualquer sacrifício, mesmo ter que usar um papel vagabundo. Outra inovação fica por conta do formato dos filmes, que são no estilo dos musicais hollywoodianos, em que de repente todo mundo começa a cantar e a dançar uma coreografia sincronizada... Fantástico!

No primeiro filme, uma gordinha num spa canta seu sofrimento em não poder comer quase nada e ainda ter que fazer exercícios puxados, mas apesar de tudo, ela está feliz, afinal, "o papel higiênico é personal".

No segundo filme, um milionário falido vê seus bens serem levados embora enquanto canta calmamente: "minha mulher já me deixou, minha conta já estourou, mas o papel higiênico é Personal. Meu cachorro me mordeu, o meu filho não é meu, mas o papel higiênico é Personal..." Nota dez! Para (tentar) ver o filme, clique na foto acima.


11:51 AM .
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quinta-feira, abril 04, 2002

Falando em Honda...

"hoje eu acordei
pus o meu pijama
fui pra minha cama
e depois dormi
aí eu fui tomar café
e voltei pra cama
e pus o meu pijama, yeah, yeah...
na cama com o pijama
na cama com o pijama..."


4:18 PM .
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quarta-feira, abril 03, 2002

Yes! Consegui arrumar o lay-out! Reparem como agora a distância entre as tabelas está perfeitamente igualzinha (quer dizer, assim espero...)!

11:49 PM .
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A DM9DDB é a responsável pela campanha do novo Honda Civic. Com o conceito "além de tudo, é lindo", a campanha ressalta as qualidades do automóvel que podem fazer diferença no momento da compra, como, por exemplo, conforto, espaço interno, baixa manutenção e segurança.

Em um dos filmes, o funcionário da concessionária é chamado pra falar do Honda Civic porque nunca tem mais nada pra fazer lá na oficina. Em outro, o pai busca o filho no colégio e acaba dando uma carona involuntária para uns *amiguinhos* que ninguém conhecia, só estavam ali para aproveitar o carro. No geral, as propagandas são simples, diretas e bem-humoradas.

Na minha opinião, a campanha só teve um furo: em um dos filmes, todos perguntam para o dono do carro sobre o novo Honda, e este responde mil vezes "É maravilhoso. Espaçoso, potente e muito confortável!" (não lembro o texto exato, mas é algo assim...). No fim, já entediado, o dono do Honda faz um cartazinho com a resposta para a pergunta que todos fazem, e o mostra, antes até de ouvir a fatídica, justamente para um casal que "só queria saber onde era o shopping". O filme, assim como os outros, é divertido e mostra bem como que todo mundo fica impressionado ao ver um Honda, mas eu fiquei pensando: se eu tivesse um Honda Civic, e por conta dessa propaganda tivesse que ouvir a mesma pergunta engraçadinha duzentas vezes por dia, eu ia ficar muito pê da vida com a Honda... :o)


11:45 PM .
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Vi lá no Let's blogar:

16ª Semana Internacional da Criação Publicitária
De 8 a 12 de abril, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Ainda bem que não tem em BH, eu não ia ter dinheiro pra ir... :o(


6:22 PM .
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A Rossana, do Wumanity, lançou a campanha morte ao spam:

"Na verdade eu estou muito cheia de receber spam por email.
Estou pegando fobia de spam.
Sinto ogeriza por spam.
Cada dia odeio mais spam.
Como será esse mistério, que as empresas que praticam spam não vêem que isso irrita, que isso dá ódio? Como não percebem que isso é invasivo e antiético? Como será que não notam que surte efeito contrário no consumidor??
Jamais adquiri um produto que me tenha sido anunciado por meio de spam.
Você está cansado de ter a sua caixa de email lotada de lixo?
Eu também.
Estou de saco cheio. (...)"


Não precisa nem comentar, né?, ela disse tudo! Você pode aderir à campanha e ver muitos outros banners aqui!


5:22 PM .
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Veja multi-usoO poder da sutileza

Ontem eu vi a nova - acho que é nova, nunca tinha visto antes - propaganda do Veja multi-uso. Um homem, com uma reluzente careca, afirma que em sua casa ele só usa Veja multi-uso, e, enquanto ressalta as qualidades do produto (limpa, desinfeta, desengordura), aparecem imagens dele passando o Veja em vários objetos da sua casa, alguns reluzentes como a sua careca, outros até ovalados...

Na mesma hora eu não pude deixar de imaginar o sujeito lustrando a própria cabeça com Veja, mas - thanks, god! - essa cena não existe. O toque de humor vem no final, quando aparece vista externa da casa, que tem o mesmo formato da careca do moço, e o locutor diz: "porque a sua casa tem a sua cara!"

É evidente a intenção de induzir o espectador a imaginar a careca sendo lustrada, mas a propaganda conseguiu passar essa idéia sem cair no óbvio mau-gosto. Palmas!

Eu só não consegui descobrir qual agência tem a conta da Reckitt Benckiser, fabricante do Veja multi-uso... Se alguém souber, me avisa? Thanks...


4:19 PM .
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Aproveitando o embalo, e dessa, quem lembra?

eu não vejo a hora de te cortar
te ter mais uma vez, saborear...
meia muzzarela, meia aliche ou calabreza
romana, quatro-queijos, margherita ou portuguesa
como é bom te ver, você chegou na hora agá
adoro pizza com guaraná!



12:37 PM .
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terça-feira, abril 02, 2002

pipoca na panela
começa a arrebentar
pipoca com sal
que sede que dá
pipoca e guaraná
que programa legal
só eu e você
e sem piruá (que tal?)

eu quero ver pipoca pular
pipoca com guaraná!
eu quero ver pipoca pular
pipoca com guaraná!
eu quero ver pipoca pular, pular
Sou louca com pipoca e guaraná!
Guaraná! (Antárctica!)


Quem é que não se lembra dessa musiquinha? Eu acho que se fosse feito um top 10 de jingles inesquecíveis, na última década pelo menos, esse fatalmente constaria! Pois é, a galera do Big Brother também lembrou, e cantou animadamente no último domingo... E a DM9, que não é boba nem nada, tratou de aproveitar o merchandising inesperado! Vejam só a nota que saiu no Blue Bus (gracias, Tião):

"DM9 DDB começa a veicular agora a tarde banners que referem o jingle 'Pipoca com Guaraná', cantado ao vivo, espontaneamente, no domingo, pelos participantes do Big Brother Brasil. As peças estarao no iG, MSN e em outros portais. Dizem - 'Propaganda que o povo gosta no Reality Show e na Reality Life' e 'Isso mostra que propaganda boa continua na cabeça e na boca do povo mesmo tendo sido veiculada pela ultima vez há 8 anos atras'. Assinam - 'DM9 DDB. As suas ordens para fazer pipoca ou o Brasil pular com os comerciais da sua marca'. O jingle foi criado para o guaraná Antarctica, ex cliente da agência."


11:34 PM .
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Se você é publicitário, atenção: nunca, mas nunca mesmo, faça como o mané que encheu a cidade de out-doors de um ar-condicionado cujo *brilhante* slogan é: "mais silencioso que mineiro!" Ó, nóis somo quietim mess, mais nóis num gosta di troça, não, sinhô! :o)

2:27 PM .
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segunda-feira, abril 01, 2002

Afe, continuo apanhando desse lay-out! Ontem, lá em casa, tava perfeito! Agora avacalhou tudo de novo... Fiz uma gambiarra aqui e acho que melhorou, mas agora fico com medo de em cada computador aparecer de um jeito! Para mim, está direitinho. Se você estiver vendo o lay-out completamente desorganizado, por favor, me avise... Thanks!

11:05 AM .
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Desde quando eu me lembro, eu sempre quis fazer publicidade. Nunca tive dúvidas quanto a isso.

Aos dezesseis anos – e no auge do meu idealismo – participei ativamente da campanha do PT para a prefeitura de BH. Hoje eu até continuo simpatizante, mas aquela disposição toda para subir em carro de som e eu deixei lá na adolescência... Nessa época, as minhas companhias mais constantes eram – com perdão do trocadilho – os companheiros de campanha. Certa vez, eu estava numa festa com a turma quando um sujeito me perguntou que curso eu iria fazer. Respondi com firmeza, já que nunca me ocorreu fazer outra coisa, e tive que ouvir o seguinte:

– Publicidade??? Mas você não acha que é um curso capitalista demais, não?

Capitalista demais? Como assim? Tive que me conter pra não ser grossa com o sujeito – afinal já era madrugada e eu já tinha tomado algumas cervejas – e até tentei não encompridar muito o papo. Mas quem me conhece sabe que eu não consigo deixar de responder...

Ora, nós vivemos num país capitalista. O cara ia fazer ciências sociais e ia ser um sociólogo num país capitalista. Os meus princípios e a minha ética eu vou levar comigo seja qual for a minha profissão. A publicidade, exatamente por ser pública, está mais sujeita às críticas da sociedade. Uma propaganda abusiva todo mundo vê, mas um médico anti-ético pode passar muito mais tempo sem ser notado... O fato de eu fazer publicidade não significa que eu estou vendendo minha alma pro capeta. Pelo contrário, eu acho que pessoas éticas devem ser sempre bem-vindas na publicidade. Arrisco até a dizer que o mercado tem buscado cada vez mais profissionais corretos, que as empresas – de modo geral – estão começando a perceber que levar vantagem a qualquer preço pode não ser um bom negócio.

Talvez eu ainda pense assim porque nunca enfrentei o batente de uma agência de verdade. Nunca vivenciei o cotidiano de um publicitário típico. Eu nunca participei do desenvolvimento de uma campanha. Confesso que tenho até um certo medinho de encarar agência. Nas poucas experiências que tive como free-lancer para agências me senti muito incomodada com a guerra de egos. Todo mundo muito emproado, um ar superior detestável, uma má vontade pra fazer qualquer coisa, uma simpatia falsa feito nota de três... Mas sei que o meu dia vai chegar. Não sei se eu quero, mas acho que é meio inevitável que eu acabe trabalhando numa agência.

Tomara que eu esteja errada, e que seja uma experiência agradável. E tomara que eu esteja certa, e que seja possível fazer um trabalho da melhor maneira possível sem ferir os meus princípios...


12:11 AM .
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